Por Equipe Cão Cidadão
Gatos podem perder a visão de forma parcial ou total por causas congênitas, acidentes, doenças ou mesmo devido à velhice. O grau dessa deficiência afeta a localização, a locomoção e a agilidade do bichano. Sua adaptação a esta condição especial é fundamental, não só para que tenha acesso ao alimento, à água, à caminha e à caixa higiênica, mas também para que possa exercer algo que para um gato é muito importante: explorar e conhecer bem seu território.
Gatos cegos conseguem subir em mesas, brincar com objetos e caminhar como se estivessem enxergando. Mas nem sempre a adaptação é tão perfeita... Quando a perda da visão é gradativa ou congênita, é mais fácil de o animal se adaptar. Já gatos idosos terão maior dificuldade.
Com a ausência da visão, o cérebro se transforma para privilegiar outros sentidos. O felino passa a prestar mais atenção e memorizar melhor cheiros, barulhos e texturas.
Olfato
Este sentido é bastante desenvolvido nos gatos e ajudará a guiá-lo. Quando for carrega-lo no colo de um lugar para outro da casa, por exemplo, sempre o coloque em locais que tenham odores que o bichano reconheça com facilidade, como a caminha dele ou junto ao pote de alimento. Quando um objeto novo for introduzido no ambiente, esfregue suas mãos nele para deixar seu cheiro e leve até o gato para que ele o reconheça e saiba onde está. O mesmo deve ser feito quando tapetes, almofadas e outros objetos depois de serem lavados.
Audição
Além de possuírem ótima audição, os bichanos, através da movimentação das suas orelhas, conseguem identificar bem a direção de onde partiu o som. Converse com ele ao se aproximar, assim ele saberá quem está chegando, de onde vem e até com que velocidade está se aproximando.
Tato
Os bigodes dos felinos transmitem sensações táteis. Ao tocar em algo com os bigodes, o animal para imediatamente antes de bater o focinho em alguma coisa. Os gatos usam esses bigodes, principalmente, na escuridão total, mas o bichano deficiente visual irá usá-los noite e dia.
Outros cuidados
Proteja as quinas de mesas, cadeiras e estantes como uma espuma, para impedir que o animal se machuque caso bata no objeto.
Providencie algumas rampas de um material que não seja escorregadio para facilitar a subida do gato em locais mais altos. Sem enxergar, o felino pode se sentir inseguro para saltar.
Evite mudar a mobília de lugar e se tiver que fazer isso, faça um tour pela casa e mostre para o bichano o que foi mudado de posição para que ele se localize.
Animais idosos, além da dificuldade em enxergar, podem ter redução da percepção, problemas de aprendizado e memória e também dificuldades locomotoras, o que torna ainda mais importante facilitar e incentivar o acesso à água, ao alimento e à caixa de areia – que devem ser colocados mais próximos da caminha do gato.
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Texto: Claudia Terzian (Adestradora e Consultora de Comportamento da Cão Cidadão)
Revisão e Edição Final: Alex Candido
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Se você tem dúvidas sobre o caso do seu bichinho ou quer participar do quadro Dr. Pet na TV, envie um e-mail para doutorpet@caocidadao.com.br.
Para saber mais sobre os serviços de adestramento e consultas comportamentais da Cão Cidadão, acesse o site www.caocidadao.com.br.
Tags: bichanos, cego, deficiente visual, dicas, gatos
14 setembro 2010
12 Comentários »Raças caninas: Maltês
Por Equipe Cão Cidadão
De porte pequeno, pelagem toda branca, macia e sedosa, olhos e focinho bem pretos... Essas características principais tornam o Maltês um lindo e muito apreciado cão de companhia!
De Malta para o mundo?
Apesar de muitos deduzirem que a origem da raça ocorreu na Ilha de Malta, na verdade, o mais correto é afirmar que a raça surgiu no Egito. Em uma tumba da época do Faraó Ramsés II, foi encontrada uma estátua que retratava um pequeno Maltês. Por outro lado, na Ilha de Malta foi muito comercializado, vindo, justamente, do Egito.
Temperamento
Os exemplares desta raça têm um temperamento vivo e alegre. Apesar do pequeno tamanho, tem energia suficiente para aguentar bastante atividade, razão pela qual deve ser acostumado desde cedo a passeios com o dono. Com o gasto certo de sua energia, problemas com latidos em excesso costumam ser evitados, visto que o Maltês, muitas vezes, é bastante barulhento, não sendo indicado para pessoas que não apreciam cães ativos.
Por falar em dono, geralmente, este cãozinho é muito apegado à pessoa que cuida dele, ou seja, costuma eleger alguém “especial” na casa, com o qual será bastante ligado. Mas isso não impede que tenha um bom convívio e bastante carinho para com todos da família.
Dentre as raças classificadas como de companhia, está entre as que mais gostam de um bom colo. Costuma aninhar-se e ali ficar por bastante tempo, muitas vezes chegando mesmo a pedir para subir - nestas ocasiões, é importante não atender sempre e a todo o momento as vontades do pequeno cãozinho, para que uma personalidade “mimada” e irrequieta não surja daí...
Pequeno Branquinho
Além de seu tamanho pequeno - pesa em média apenas 3 Kg - outra característica marcante é a pelagem lisa e branca como neve. Se mantido sem corte, o pelo pode chegar ao chão! Sendo assim, não é uma raça indicada para aqueles que não gostam ou não tem tempo de escovar seu amigo - atividade que é altamente recomendada. Por este motivo, inclusive, muitos donos costumam manter o pelo tosado.
Amigo das crianças
Como se trata de uma raça com bastante energia, o Maltês costuma se dar bem com crianças, envolvendo-se nas brincadeiras com bastante entusiasmo! Mas, considerando que é um cão pequeno, episódios envolvendo acidentes costumam ser comuns, oriundos de quedas e puxões mais bruscos, razão pela qual os contato entre os Malteses e as crianças devem ser sempre supervisionados - atitude sempre recomendada, seja qual for a raça e tamanho do cão.
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Texto: Cassia Rabelo Cardoso dos Santos (Adestradora Cão Cidadão)
Revisão e Edição Final: Alex Candido
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