Uma casa e um terreno baldio cheio de cães. Essa situação revolta o aposentado Júlio Rossi Montebugnoli, 67 anos, vizinho do terreno.
No lugar, um terreno aberto separado da casa principal por um muro baixo e cachorros alguns de raça.
Os recipientes de ração e água, expostos ao tempo chuvoso, assim como os animais.
A reclamação de Júlio é sobre às condições nas quais o dono da casa mantem os cães, que por serem muitos, incomodam.
“Esses cachorros não param de latir, é dia e noite, não dá para aguentar”, ressaltou.
Além disto, o local não seria apropriado para a quantidade de animais.
“Ele é metido a vender os animais, mas não trata deles”, alertou Júlio.
Mas o vizinho diz que não é bem assim.
“Eu cuido de cachorro da rua. Eles são a minha vida”, explicou João Batista Souza, que é garçom.
Com tantos animais, ele não soube falar de quantos cuida, os gastos são grandes.
“De ração e medicamentos gasto R$ 600”, calculou. Joãoganha como garçom R$ 800 por mês. “Se eu tenho um bife e não tem ração, eu deixo de comer para dar para eles”, defendeu-se.
AUTORIDADES/ O BOM DIA entrou em contato com a Delegacia Ambiental de Bauru. O delegado Dinair da Silva confirmou que João está sendo investigado há pelo menos dois meses. A acusação é de comércio ilegal de animais. “Estivemos na casa para verificar o local e o João não tinha o alvará para vender esses animais”, contou Dinair.
Na ocasião, a polícia orientou o garçom para legalizar o comércio. “Solicitamos o alvará para venda, que foi apresentado ontem [segunda-feira] pelo João. Mas, vamos continuar investigando o local, porque só a autorização não é basta”, explicou.
A polícia segue investigando também com relação às condições oferecidas aos bichos. A vigilância sanitária vai verificar a higiene do lugar. João também está na mira de protetores de animais, que questionam a maneira como os animais são adquiridos e, como o vizinho Júlio, o modo como os cães vivem.
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