Por Equipe Cão Cidadão
Os Lhasa Apsos vêm ganhando cada vez mais espaço dentro das famílias modernas. Sua simpática aparência e temperamento peculiar o tornaram uma das raças preferidas para se ter dentro de casa e apartamentos. Outra referência que muitos não sabem: lembram do Floquinho? O cachorro do Cebolinha da turma da Mônica? Pois é, ele é um Lhasa, perceberam a semelhança?
Seu histórico vem do Tibete. Este cão tinha a função de sentinela nos monastérios, sua poderosa audição permitia que percebesse a entrada de pessoas estranhas e seu latido forte avisava os monges do ocorrido.
Seu temperamento é caracterizado por grande lealdade aos donos, porém, receosos com estranhos. Inteligente e destemido, possui picos de atividade e não é considerada uma raça muito ativa. Pode passar grandes períodos apenas descansando ou esperando ouvir algum barulho que tenha que investigar. Esta característica elegeu a raça como uma das mais apropriadas para pessoas que vivem em apartamentos. Outra particularidade importante é a que muitos Lhasas têm tendência a comportamentos dominantes e tendem a querer exercer a posição alpha na casa.
Conhecendo um pouco melhor esses peludinhos podemos, agora, discutir pontos importantes para educação e boa convivência com estes cães. Como já foi dito, temos sentinelas dentro de casa, portanto, entender que seu companheiro latirá para nos alertar é importante, mas também devemos nos preocupar em não incomodar os vizinhos nem criar uma máquina de latidos que perturbará todos ao redor. Podemos tentar, na medida do possível, controlar esses latidos recompensando o cão com petiscos e atenção quando se mantiver quieto sob as circunstâncias em que normalmente latiria. Apesar dos Lhasa Apsos não terem um alto grau de atividade, devem fazer exercícios com regularidade, assim como todos os cães. Por isso, devemos, sempre que possível, fazê-los caminhar diariamente.
Outra questão importante é a tendência a comportamentos dominantes. Quando o cão possui total liberdade dentro de um grupo, ele começa a entender que é responsável por liderar e tomar conta dos que estão em volta. Isso aumenta seu grau de vigilância e os latidos, assim como sua desconfiança com estranhos. Sendo assim, é preciso que, além de uma excelente socialização, ele possa ter uma boa educação baseada no reforço de comportamentos aceitáveis por meio de recompensas e imposição de limites e regras. Dessa forma ele irá entender que não é o dono do mundo.
Tomando estes cuidados, a família que adquirir um exemplar desta raça terá grande satisfação em possuir um cão inteligente e fiel, que irá encantar sua vida assim com cativou a dos monges tibetanos.
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Texto: Daniel Svevo (Consultor de Comportamento da Equipe Cão Cidadão)
Revisão e Edição Final: Alex Candido
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