Por Equipe Cão Cidadão
Apesar de nunca ter tido um bicho de estimação, a Lourdes logo se encantou por Breno, um cão sem raça definida, que estava um dia na frente da porta de seu consultório.
Lourdes, que como psicóloga esta acostumada a ajudar pessoas a encontrar soluções para seus mais variados problemas, nunca imaginou que um cão pudesse lhe trazer um desafio tão grande: compulsão por chaves.
Compulsão: Quando um animal desenvolve comportamentos repetitivos, como perseguir a própria cauda, lamber o próprio corpo sem parar, arrancar parte da pelagem, etc, é possível que esteja com compulsão. Este comportamento, além de desagradável pode resultar em prejuízo à saúde.
A compulsão pode ser uma predisposição herdada, ou pode estar associado a estresse e ansiedade, provocados pelo ambiente onde o animal vive e pelas relações com os humanos. Apesar de não ter uma “cura”, a melhor maneira de diminuir os efeitos prejudiciais deste problema, é transferir o foco ou objeto da compulsão.
No caso de Breno, ele tinha um desejo incontrolável de morder chaves. Chegando muitas vezes a se machucar. O fato de ter desenvolvido uma compulsão por um objeto que o machucava, levou a família a esconder todas as chaves da casa. Como efeito colateral, isso fazia com que Breno ficasse cada vez mais obcecado em pegar esses objetos.
Por isso, Lourdes pediu a ajuda ao Dr. Pet.
Primeira Tarefa: Como primeira tarefa, Dr. Pet ensina como transferir o comportamento compulsivo de Breno para outro objeto, no caso uma bola de tênis.
O objetivo é fazer com que a bolinha de tênis se torne muito mais interessante do que as chaves. Para isso, é importante fazer com que esta bolinha, se torne um objeto misterioso, que ele só poderia morder em alguns momentos.
Aos poucos, Breno começou a se sentir interessado pela bolinha de tênis, mostrando até mesmo certa fixação.
Segunda Tarefa: Mesmo com os bons resultados conseguidos inicialmente, Breno ainda sentia um forte desejo pelas chaves, esquecendo da bola quando as via.
A nova tarefa era potencializar a bronca, com a ajuda de uma lata cheia de pregos que ao chacoalhar emitia um som alto e desagradável. Esta bronca era usada sempre que Breno tentasse pegar uma chave, ou quando tentasse pegar a bolinha de tênis sem a permissão de sua dona.
Esta limitação aguçou ainda mais a curiosidade e o desejo de Breno sobre a bolinha.
Resolução do Problema: Como prova final, Dr. Pet jogou varias chaves no chão, bem na frente de Breno. O cão demonstrou que com todo este treino, sua compulsão por chaves diminuiu drasticamente, e com o passar do tempo estará totalmente transferida para a bolinha de tênis.
Resumão: A compulsão por um objeto tem de ser substituída por outro, de valor igual, porém menos prejudicial á saúde, uma vez que a compulsão não tem fim.
Breno trocou sua compulsão pelas chaves, que podem tanto machucá-lo, como prejudicar a rotina da família, pela bola de tênis, que além de ser uma brincadeira, não representa perigo algum.
E nos bastidores: Entre uma gravação e outra, Estopinha, sempre alegre, era a estrela do dia. Não podia dar um passo sem que fosse reconhecida e paparicada por todos na rua. Muitas vezes, era reconhecida antes mesmo de seu “pai”!
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Texto: Isabel Sophie Habrich
Revisão e Edição Final: Alex Candido
Fotos: Denise Falck
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