Por Equipe Cão Cidadão
Dotados de força, agilidade, destreza e energia, se os comparássemos aos humanos, os Pitbulls seriam aquelas pessoas extremamente ligadas em malhação e atividades físicas. Mas, ao longo dos anos, essa raça passou a ter uma fama de vilão. O que muitas pessoas se esquecem, no entanto, é que a grande culpa dessa má reputação é, na maior parte das vezes, de criadores mal intencionados e donos mal preparados.
Tal preconceito contra a raça até gerou uma polêmica proibição da criação do Pitbull em alguns países. O fato é que, é perfeitamente possível criar um animal desta raça, desde que o proprietário siga uma serie de procedimentos de segurança necessários para possuir um animal tão potente.
Breve história da raça
O Pitbull tem sua origem no século XIX e inicialmente era utilizado para brigar com touros em arenas. Hoje em dia podemos observar diversas outras habilidades desta raça, até mesmo a de companhia, desde que seu proprietário seja uma pessoa ativa e com conhecimento de posse responsável, incluindo noções de adestramento, liderança e socialização de cães, além da legislação que, entre outros, obriga o uso de focinheira.
Um cão dócil
É possível encontrar um grande número de Pitbulls de temperamento dócil e equilibrado que, se tiverem um desenvolvimento baseado no conhecimento de comportamento canino, serão excelentes companheiros. Porém deve-se evitar adquirir animais de criadores que possuem exemplares agressivos com pessoas ou outros bichos. Conhecer o comportamento dos pais do cão é uma das maneiras de tentar prever o temperamento da ninhada mas, como existem outros fatores – além da genética – que determinam a agressividade canina, um profissional da área de comportamento animal pode ser de grande ajuda no momento da escolha do filhote – o mesmo vale para cães de qualquer raça.
Adotar um adulto
Lembre-se de que há um grande número de Pitbulls em abrigos, ONGs e nos Centros de Controle de Zoonoses. É mais fácil prever o comportamento e o temperamento de um cão adulto, que já passou pela fase de desenvolvimento e socialização, do que o de um filhote que ainda viverá diversas experiências passíveis de torná-lo agressivo, por medo ou por falta de socialização, por exemplo.
Dicas
Antes de adquirir um exemplar desta raça, é preciso ter em mente seus hábitos diários: uma pessoa sedentária com certeza não conseguirá dar ao animal condições de suprir suas necessidades naturais, como a quantidade adequada de exercício, para que não se torne um cão ansioso. Outro fator é uma competência emocional equilibrada para educar o animal, utilizando de técnicas motivacionais, valorizando atitudes corretas, boa educação, obediência e conhecimentos de socialização.
---
Texto: Daniel Svevo (Consultor Cão Cidadão)
Revisão e Edição Final: Alex Candido
---